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Perigos da areia - 02

Conforme prometido, hoje venho falar de mais um risco ao qual são submetidos os inocentes bichinhos, quando seus donos, por falta de informação e não por maldade, os submetem a substâncias nada confiáveis.

Hoje falaremos do porque você NUNCA deve seguir essas receitas caseiras de "areia" para gato, que utilizam fubá de milho, sabugo de milho ou quirela de milho.


Pois bem meus amigos, o nome do problema é a aflatoxina, que é uma toxina que se desenvolve no milho (também em amendoim e semente de algodão, mas hoje estamos falando de fubá, sabugo e quirela, que são de milho).

O nome complicado desses fungos produtores da aflatoxina são

Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus. Os nossos amigos de nome complicado, produzem a aflatoxina quando expostos a condições de umidade e temperaturas um poucos mais altas, como 38 ou 39 graus.

Coincidentemente, a temperatura do xixi dos gatinhos.

A aflatoxina, por sua vez, causa uma doença chamada aflatoxicose. Vamos dar nome aos bois (ou às vacas)

As aflatoxinas são separadas em grupos que são B1, B2, G1 e G2. A mais ameaçadora é a B1. Agora, se você toma leite, você consome aflatoxinas B1 por meio da aflatoxina M que é um metabólito, ou seja é o resultado da metabolização da aflatoxina B1, pela vaquinha. Vaquinha esta que deu leite porque comeu milho, ou ração com milho ou ensilagem de milho, com sabugo e tudo.

Em resumo, todas as vaquinhas comem milho, ração ou ensilagem. Mas, até aí tudo bem, porque você decidiu tomar leite de vaca, você é humano e é dono de seu nariz...literalmente. Tomar leite nõa significa que vc ingerirá os fungos e muito menos as toxinas, pois, aqui em nosso país, todo leite deve ser pasteurizado. Ou pelo processo de pasteurização pro choque térmico lento, ou pelo processo de ultra alta temparatura, conhecido como UHT, que dá nome aos leites "longa vida". Assim sendo, os aspergilus são eliminados na pasteurização e você pode tomar seu leitinho numa boa.


Aspergillus flavus

Não é brincadeira! Voltando a falar de aflatoxicose.

Um dos mais importantes registros de aflatoxicose em humanos ocorreu em mais de 150 aldeias em distritos adjacentes a dois estados vizinhos, no noroeste da Índia, no outono de 1974 - 397 pessoas foram afetadas e 108 pessoas morreram.

(Veja os estudos científicos mencionados abaixo)


Eu não tenho nenhum problema em te contar que a aflatoxina causa necrose aguda, cirrose e carcinoma de fígado em diversas espécies animais, inclusive humanos e gatos.

Nenhuma espécie animal é resistente aos efeitos tóxicos da aflatoxina.

As espécies animais respondem de formas distintas à toxicidade crônica /ou aguda da aflatoxina.

A aflatoxina B1 é potencialmente carcinogênica em muitas espécies, incluindo primatas, pássaros, peixes e roedores.

Em cada espécie, o fígado é o primeiro órgão atacado.

(Veja os estudos científicos mencionados abaixo, porque aqui é tudo muito bem pesquisado.) Também não tenho nenhuma restrição em te deixar saber que há limites bem questionáveis e estabelecidos, pelos governos e órgãos reguladores de vários países, para "consumo não prejudicial" de aflatoxina por humanos, já que até hoje, os produtores e estocadores de milho, não conseguiram controlar a produção da aflatoxina, seja na origem ou no processamento.


Mas aí você pergunta:

Porque essa conversa toda de milho, toxina, fungo e vaca pra falar de areia?


E aí eu respondo:

Como você leu acima que a aflatoxina é produzida pelos fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus

em condições de temperaturas um pouco mais elevadas e um nível um pouco maior de umidade, vamos analisar:

Seu gatinho faz xixi, que é líquido e portanto umedece o granulado, certo?

Aí você já tem a umidade.

Seu gatinho faz xixi na temperatura do corpo dele, ou seja 38 a 39 graus Celcius. Pronto! Aí está criado um ambiente perfeito para o desenvolvimento das aflatoxinas.


Portanto, quem utiliza fubá, sabugo moído ou quirela de milho na mistura sanitária, está cometendo três crimes graves contra o gatinho:


O primeiro: Está obrigando o animalzinho a inalar as micropartículas de fubá que sobem quando ele revolve a mistura na caixa sanitária, levando essas partíulas ao pulmão de seu gatinho. Talvez isso explique algum problema no aparelho respiratório que ele tenha apresentado. O segundo: Você está obrigando seu gatinho a comer fubá, restos de sabugos e quirelas de milho, porque ele lamberá as patinhas para se limpar. Estes ingredientes provavelmente estarão contaminados com aflatoxina, porque praticamente todo o milho produzido no mundo está contaminado com os fungos produtores da toxina em maior ou menor grau.

O terceiro: Você está ajudando os fungos a produzirem mais aflatoxina quando seu gatinho promove, inocentemente, por meio do xixi, uma condição favorável de umidade e calor ao "aliviar a bexiguinha dele" na caixa sanitária.

Mas como assim, todo o fubá está contaminado?

Uma das grandes batalhas da indústria é o controle dessa e de outras toxinas no milho. Há até um limite oficial (veja literatura científica abaixo) para ingestão dessa toxina por humanos. Há estudos científicos (veja na literatura científica abaixo) de surtos de morte pela toxina em paises da Índia e Ásia. Gato não come bolo, nem polenta, nem...

Pois é.

Nenhum humano (normal) abre um saco de fubá ou pega uma espiga de milho crua e sai comendo pela rua, com sabugo e tudo. Nós comemos bolos, doces, polenta e outros pratos preparados com fubá, que são submetidos a temperaturas elevadas, seja em panelas ou fornos, e que podem eliminar os fungos e subsequentemente as toxinas.


Mas, e os gatinhos que têm contato com o pó fino do fubá, os particulados de sabugo moído ou a quirela, in natura? Eles estão sujeitos, como disse acima, a toda sorte de contaminantes, sejam aflatoxinas ou micotoxinas! Inclusive e há relatos científicos (veja referências científicas abaixo) de mortes de animais por contaminação com essas toxinas. Aí você vai dizer:

Mas tem milho até em ração Super Premium! Aí eu vou dizer:

Tem milho, tem soja, tem mandioca, tem batata tem um monte de coisas, muito misturadas, fervidas, moídas e depois de embaladas ainda passam por um processo antifúngico! Isso falando das melhores rações. As rações de baixa qualidade, são ruins porque elas mesmas podem levar doenças aos gatinhos.


E aí vamos lembrar! Alguns poucos fabricantes de ração já estão produzindo as chamadas "Grain Free", que não contém cereais como "volumoso" de suas rações. Ah sim....e sem transgênicos também. Mas, mesmo que tivesse em sua composição os OGM (Organismos genéticamente modificados), ainda assim não teria problema.


Para cuidar de quem ama...

Portanto, se você quer cuidar bem de seu gatinho, não use receitas caseiras de substrato sanitário, publicadas por pessoas que talvez não tenham conhecimento suficiente para avaliar o que estão te falando e que não levam em conta os estudos científicos. Especialmente com fubá e restos de milho.

O gatinho inalará o pó e lamberá as patinhas, ingerindo o que pode não fazer bem, sem saber e por confiar que você está oferecendo o melhor pra ele.

Se você estava fazendo isso, sem saber dos perigos, agora que sabe é responsável por evitar. Como sempre, abaixo colocamos uma lista de pesquisas científicas que foram a base para este post. Pesquise também, leia e aprenda. Seu gatinho depende de você pra viver.


Até o próximo post!


Literatura científica pesquisada:

Effects of Moisture Content and Temperature on

A comparison of mycotoxin contamination of premium and grocery brands of pelleted cat food in South Africa


Manual de doenças transmitidas por alimentos


Fusarium Species and Mycotoxins Contaminating Veterinary Diets for Dogs and Catshttps://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6352256/


Cornel University - Department of Animal science


Wilson Santos

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